Estado grave

'Vandalismo', diz mãe de motoboy envolvido em briga do Fla X Vasco

Ela defende que o filho não tem relação com torcida organizada

Carlos Henrique sofreu traumatismo craniano e passou por cirurgia
Carlos Henrique sofreu traumatismo craniano e passou por cirurgia |  Foto: Reprodução
 

Carlos Henrique Silva Ferreira, de 34 anos, envolvido em uma das brigas que ocorreram próximo ao Maracanã, na Zona Norte do Rio, no domingo (5), antes do clássico Flamengo contra o Vasco, segue internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro. Segundo sua mãe, Cristine Carvalho da Silva, ele poderia ter morrido por causa de um coágulo que se formou na sua cabeça e pressionava seu cérebro. O rapaz sofreu traumatismo craniano. Em entrevista, ela afirma que considera essas brigas como vandalismo e defende que o filho não era envolvido com torcida organizada.

Cristine, mãe de Carlos Henrique, contou que o filho, que trabalha como motoboy, é trabalhador e pai de família e não é envolvido com torcida organizada. Por isso, segundo ela, ele foi uma vítima da situação. Ele é flamenguista e teria sido convidado por amigos para assistir ao jogo. 

"Ele não é de torcida organizada e, nesse dia, ele ia fazer um churrasquinho com a esposa mas chamaram ele para ver o jogo e ele foi. Ele não foi com a roupa do time, ele estava com uma blusa preta escrito Nike, que eu havia passado para ele", contou Cristine    . 

Carlos Henrique passou por uma cirurgia após ser levado para o hospital depois da briga. Ao ser indagada sobre o que ela acha desse tipo de situação, Cristine disse que considera vandalismo. 

"Para mim, é vandalismo. É difícil vivenciarmos hoje, nessa era, uma ignorância dessas. Ele é pai de família, tem dois filhos e, no entanto, passou por isso", diz ela. 

Cristine soube do caso através de um dos vídeos das brigas no qual seu filho aparece. "Foi minha comadre que reconheceu ele no vídeo e depois soubemos que ele estava aqui no Souza Aguiar. Na verdade, eu nem tive coragem de ver o vídeo. Minha comadre que viu, eu não estava sabendo do ocorrido. Ela viu e foi na minha casa me contar. Não sei se vou ver esse vídeo um dia, é difícil", contou. 

Um rapaz, identificado como Bruno Macedo dos Santos, morreu na mesma unidade de saúde. Ele foi internado pelo mesmo motivo que Carlos Henrique. 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, ao todo, oito pessoas deram entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar na noite do último domingo (5). Henrique e outro paciente estão internados em estado grave e um terceiro com quadro estável. Três pessoas receberam alta hospitalar e outra deixou a unidade por vontade própria.

Posicionamento da Polícia Militar 

Segundo a PM, o policiamento foi intensificado na região no momento do jogo. Confira a nota completa da corporação: 

"A Secretaria de Estado de Polícia Militar intensificou o policiamento em diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro devido à partida de futebol válida pelo Campeonato Carioca 2023 realizada no Maracanã no domingo (05/03). Cerca de 600 policiais militares atuaram na região do estádio, incluindo equipes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE), do Batalhão de Polícia de Choque (BPChq) e do Batalhão de Rondas Especiais e Controle de Multidão (RECOM).

Policiais militares do BEPE e de outras unidades da Polícia Militar apreenderam cerca de 50 pedaços de madeira, nove barras de ferro, cinco bombas caseiras, fogos de artifício, soco-inglês e artefato explosivo em diferentes pontos da Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro (Maracanã, Madureira, São Cristóvão).

À tarde, dois homens em uma motocicleta teriam atirado contra torcedores na Rua São Januário, em São Cristóvão. Equipes do 4ºBPM foram ao local e auxiliaram o socorro da vítima. Além disso, policiais do referido batalhão e da UPP Mangueira foram acionados para conter um intenso tumulto entre torcidas organizadas de times distintos na Avenida Pedro II, em São Cristóvão. Duas vítimas de agressão foram localizadas e socorridas.

Já no início da noite, policiais militares do 6ºBPM foram verificar disparos de arma de fogo na Rua General Canabarro. No local, indivíduos lançaram garrafas dizendo que um homem que estava em um carro teria efetuado os disparos. Os policiais tentaram realizar a abordagem mas o homem fugiu."

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